terça-feira, 15 de janeiro de 2019

ANDRÉ SARDET LANÇA NOVO ÁLBUM EM 2019.

André Sardet é um nome maior da música portuguesa. Com 23 anos de carreira e seis álbuns editados - IMAGENS (1996), AGIRA ANTES DE USAR (1998), ANDRÉ SARDET (2002), ACÚSTICO (2006), MUNDO DE CARTÃO (2008), PÁRA, ESCUTA E OLHA (2008) -, prepara um novo álbum em 2019. Autor de vários êxitos, "Adivinha O Quanto Gosto De Ti", "Foi Feitiço", "Quando Te Falei Em Amor", "O Azul do Céu", o músico, que alcançou com ACÚSTICO o primeiro lugar do top de vendas nacional, onde permaneceu 55 semanas, 12 das quais em primeiro lugar, continua a surpreender-nos. Em 2014 canta em dueto com Mayra Andrade a música “A Seta” que se tornou o tema principal da banda sonora do filme de Joaquim Leitão “Sei Lá”. Quisemos saber um pouco mais do homem e do músico. Aqui ficam as respostas de André Sardet.

1ª A paixão pela música revelou-se cedo. Como surgiu essa aventura?
Esta aventura começou como começam todos os sonhos... o sonho foi surgindo, foi-me levando e deixei-me sonhar. Depois, mais tarde percebi que a música tinha e tem uma importância na definição da minha personalidade e no meu equilíbrio emocional. Hoje tenho uma noção mais real da importância da música na minha vida, mas no inicio era algo naif, algo inquantificável...

2ª O teu pai foi um grande entusiasta dos teus projetos musicais. Que importância teve na tua carreira como músico?
Teve um papel muito importante na medida em que me deixou viver uma vida que aos olhos de outros é vista como um enorme risco, uma coisa sem futuro. Os meus pais sempre me disseram para ir em frente, mas para não me esquecer que se era para ser músico tinha que dar o meu máximo e o meu melhor. Tive a enorme felicidade de ser amplamente reconhecido antes dele partir...

3ª O Alentejo é uma referência no teu imaginário. Porquê?
Os meus avós, o meu pai deram-me a conhecer o Alentejo, a sua luz, os seus sabores, os seus cheiros. Gosto muito do Alentejo, era capaz de lá viver...

4ª És autor, compositor e cantor. Podes contar-nos como funciona esse processo criativo. O que te dá mais satisfação?
A interpretação e a composição são prazeres diferentes. Há uma primeira fase, a composição, em que me entrego sem saber o que vai sair, o que vou contar... componho e escrevo ao mesmo tempo, o que me “obriga” a procurar inspiração em dose dupla. Acho que desta forma a música e a letra se envolvem de uma forma mais feliz, mais natural e mais coerente. Depois a interpretação, tem como principal missão transmitir os sentimentos que estão nas entrelinhas das letras que escrevo. A interpretação pode ser melhorada, renovada, as letras e as músicas não. É a procura de uma interpretação melhor que faz com que uma música nunca morra.

5ª Já conhecemos a canção “Ponto de partida” do novo álbum. O que podemos saber mais?
Podemos esperar um novo álbum em 2019. Tenho alguns temas gravados e todos compostos. Estava com muitas saudades e muitas histórias para contar.

Entrevista: António Vilhena e Angel Machado.

1 comentário: