segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Amor com amor se paga.

                                                                                                                                                       Foto: Estela Silva / Lusa

A última disputa entre Rui Rio e Montenegro serviu para algumas reflexões. Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Mas em política o pão tem outros sinónimos e faz alguns protagonistas sentirem-se reis do mundo, pelo menos do mundo que julgam que representam.

Rui Rio nunca foi um homem do aparelho, veio do norte e isso faz toda a diferença para os que julgam que o Terreiro do Paço é, ainda, a Praça do Império. Já aconteceu com muitos que foram das Beiras, de Trás-os-Montes ou do Alentejo. A capitalite, uma doença antiga, ainda não erradicada, continua a fazer vítimas.

Mas o pior nestas circunstâncias é a argumentação usada pró e contra. Do lado da cidadania, escuto o argumentário de ambas as partes. As palavras são duras e procuram um KO fulminante para que o adversário vá ao tapete. Quem tem mais a perder tem mais responsabilidade e cada palavra é ampliada na “máquina da verdade”. Em política vale quase tudo, mas parece-me que usar o argumento de “maçon”, imaturo e irresponsável para atacar Montenegro era desnecessário. 

António Vilhena

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