quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

OS INGLESES TÊM DOIS AMORES.

                                                                                                                                                                        Getty Images
Todos sabemos que alguns ingleses preferem ficar na ilha, orgulhosamente ilhéus com a sua a Coroa a negociar chá e vinho dos outros. A Inglaterra não entrou com entusiasmo na União Europeia, adotou a máxima: vamos para a União e quando quisermos damos cabo deles. Os verdadeiros europeístas não estão em Inglaterra, a prova disso é que nunca adotaram o Euro.

O aumento de eurocéticos facilitou os discursos mais populistas com alguma responsabilidade dos Trabalhistas durante a campanha do referendo. Aqueles que defenderam o BREXIT saíram de cena e Theresa May cozinhou um acordo que os deputados rejeitaram com uma diferença de 230 votos – uma derrota humilhante para a senhora May. Apesar de ter resistido à moção de desconfiança, há imensas incógnitas. O mais provável é que haja uma clarificação eleitoral: ouvir a voz do povo.

Há sinais de que um segundo referendo seria a solução. A construção de uma Europa Política e Monetária será sempre mais forte com o Reino Unido. Os ingleses não querem deixar a ilha nem os privilégios da União Europeia. É caso para dizer que têm dois amores. Mas o melhor dos dois mundos é quase sempre impossível de conciliar. Aos ingleses o que é da ilha, à Europa o que é dos gregos e latinos.


António Vilhena

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