terça-feira, 22 de janeiro de 2019

OS BEIJA-MÃOS.



Há gente que se presta a cada papel que tenho dificuldade em classificá-la. Há um mínimo de decência e de cordialidade que não se deve confundir com subserviência ou qualquer coisa ainda pior. Todos conhecemos pessoas que se ajeitam para perpetuarem os seus sapatos debaixo da cadeira. É aquele tipo de pessoa que diz "sim" a tudo ao chefe, mas depois, nas suas costas, expressa solidariedade aos colegas. 

Quando mudam as administrações algumas destas personagens começam meses antes a afastarem-se dos que ainda estão no poder e que lhes deram a mão. Fazem isso por calculismo, porque querem dar a entender à próxima administração que nada tiveram com o passado e, portanto, podem contar com eles no futuro. Alguns conseguem, são mercenários sem escrúpulos e sem coluna.

Na política é a mesma coisa. Infelizmente esses "travestis" perigosos, oportunistas de carreira, bombistas de mau cheiro envenenam o ambiente. São perigosos alcoviteiros e capitães da intriga e do faz de conta entre colegas, pequenos ditadores com poucas competências. Mas eles existem e às vezes levam anos a serem conhecidos e corridos. Eu conheço alguns que são exímios manipuladores e falsos como as cobras.


António Vilhena

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