A Universidade de Coimbra vai a votos em Fevereiro para escolher o seu Reitor.
Aparentemente trata-se de um processo normal em democracia. Recentemente o Reitor
João Gabriel referia que a Universidade de Coimbra devia seguir o caminho da
internacionalização. Esta afirmação tem várias perspetivas: o Reitor
referia-se, com toda a certeza, a atrair mais alunos como forma de aumentar as
receitas próprias - não estaria a pensar deixar a sua cadeira reitoral a um
colega brasileiro, chinês ou americano; o Reitor estaria a pensar investir mais
na divulgação da velha universidade no mundo – não estaria a pensar apoucá-la.
Mas existe alguma universidade portuguesa que seja mais conhecida internacionalmente
do que a de Coimbra? Há mais de setecentos anos que é conhecida no mundo, foi a
primeira caravela que deu início à globalização.
Apresentaram-se, até agora, cinco candidatos a reitores, entre eles um
do Brasil e outro de Singapura. A visibilidade da Universidade de Coimbra,
também, se vê por esta apetência. Mas saberão os Professores Duília Fernandes
de Mello e Yang Chen como funciona a eleição? Não me refiro ao ato em si, depositar
o voto na urna, mas o que é preciso fazer para garantir o voto. Há uma longa
noite que antecede esses atos eleitorais.
A minha homenagem a esses candidatos estrangeiros que se oferecem para
dignificar a vitória de um dos Professores Amílcar Falcão, Ernesto Costa ou
José Pedro Paiva que irá ser escolhido pelos 35 membros do Conselho Geral da
Universidade de Coimbra. Acresce que a Universidade de Coimbra ainda não elegeu
uma Reitora, o que não deixa de ser uma constatação com forte leitura política.
Há instituições que semeiam velhas cepas, mas gostam de falar de vinho novo.
António Vilhena
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