sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Universidade de Coimbra: o próximo Reitor será português.



A Universidade de Coimbra vai a votos em Fevereiro para escolher o seu Reitor. Aparentemente trata-se de um processo normal em democracia. Recentemente o Reitor João Gabriel referia que a Universidade de Coimbra devia seguir o caminho da internacionalização. Esta afirmação tem várias perspetivas: o Reitor referia-se, com toda a certeza, a atrair mais alunos como forma de aumentar as receitas próprias - não estaria a pensar deixar a sua cadeira reitoral a um colega brasileiro, chinês ou americano; o Reitor estaria a pensar investir mais na divulgação da velha universidade no mundo – não estaria a pensar apoucá-la.

Mas existe alguma universidade portuguesa que seja mais conhecida internacionalmente do que a de Coimbra? Há mais de setecentos anos que é conhecida no mundo, foi a primeira caravela que deu início à globalização.

Apresentaram-se, até agora, cinco candidatos a reitores, entre eles um do Brasil e outro de Singapura. A visibilidade da Universidade de Coimbra, também, se vê por esta apetência. Mas saberão os Professores Duília Fernandes de Mello e Yang Chen como funciona a eleição? Não me refiro ao ato em si, depositar o voto na urna, mas o que é preciso fazer para garantir o voto. Há uma longa noite que antecede esses atos eleitorais.

A minha homenagem a esses candidatos estrangeiros que se oferecem para dignificar a vitória de um dos Professores Amílcar Falcão, Ernesto Costa ou José Pedro Paiva que irá ser escolhido pelos 35 membros do Conselho Geral da Universidade de Coimbra. Acresce que a Universidade de Coimbra ainda não elegeu uma Reitora, o que não deixa de ser uma constatação com forte leitura política. Há instituições que semeiam velhas cepas, mas gostam de falar de vinho novo.


António Vilhena

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