quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Correios, mas pouco.



Pode uma carta de correio azul demorar mais de dez dias a chegar de Coimbra a Coimbra? Pode. Isso aconteceu comigo. E qual a reflexão? É que os Correios estão a funcionar mal, digo mesmo, muito mal. Desde que privatizaram os Correios ao preço da uva mijona, o descalabro é exponencial. Os novos donos dos Correios ávidos do lucro, fecharam balcões, despediram, desqualificaram, desinvestiram no serviço postal.

Um balcão de correios vende tudo, é uma espécie de loja de chinês. E se tivermos sorte, o funcionário ainda nos pergunta se queremos comprar a lotaria. É uma verdadeira feira da ladra, onde há de tudo para o “menino e para a menina”.

O serviço postal é fundamental para a economia do país. Cada vez que uma carta se atrasa, há, possivelmente, alguma instituição pública ou privada, cidadão ou empresa que fica à espera; há documentos que não chegam e prazos que não se cumprem. Esta gente que comprou parte do país a retalho vive na impunidade e a entidade reguladora assobia para as Berlengas.

É preciso dizer que os Correios prestam um péssimo serviço postal, que desonra a sua história e não merece, neste momento, qualquer contemplação.

Haja decoro.


António Vilhena

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