Há
gente que se presta a cada papel que tenho dificuldade em classificá-la. Há um
mínimo de decência e de cordialidade que não se deve confundir com
subserviência ou qualquer coisa ainda pior. Todos
conhecemos pessoas que se ajeitam para perpetuarem os seus sapatos debaixo da
cadeira. É aquele tipo de pessoa que diz "sim" a tudo ao chefe, mas depois, nas suas costas, expressa solidariedade aos colegas.
Quando mudam
as administrações algumas destas personagens começam meses antes a afastarem-se
dos que ainda estão no poder e que lhes deram a mão. Fazem isso por calculismo,
porque querem dar a entender à próxima administração que nada tiveram com o
passado e, portanto, podem contar com eles no futuro. Alguns
conseguem, são mercenários sem escrúpulos e sem coluna.
Na
política é a mesma coisa. Infelizmente esses "travestis" perigosos,
oportunistas de carreira, bombistas de mau cheiro envenenam o ambiente. São
perigosos alcoviteiros e capitães da intriga e do faz de conta entre colegas,
pequenos ditadores com poucas competências. Mas eles existem e às vezes levam
anos a serem conhecidos e corridos. Eu conheço alguns que são exímios
manipuladores e falsos como as cobras.
António Vilhena
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