Escrever
sobre o Dia Internacional da Mulher sem pieguices; pensar as mulheres não como
mulheres, mas como seres humanos; pensar as mulheres como bibliotecas milenares
onde é possível ler a história da humanidade: mães que perderam os filhos nas
guerras desde a Antiguidade, assalariadas que ganharam o pão que o Diabo
amassou, meninas que venderam a infância, avós que contaram os tostões para o
pão, atrizes que temeram perder o palco.
Amo as
mulheres, sem elas eu era um bicho triste. Escrever sobre a mulher é amar os
homens, sem os ismos que viraram moda e são negócio. Sempre defendi as mulheres
sem pensar que eram mulheres; sempre respeitei as mulheres como respeito um
homem; sempre amei a beleza das mulheres como admiro a beleza que não tem sexo.O modelo
cultural de séculos não se muda por decreto, mas pelo exemplo. O inconsciente
colectivo não pode ser subestimado - há muita pedra bruta a polir.
Quando o meu
filho deixa uma menina entrar primeiro no elevador, eu sei que ele está a ser
educado – mas alguns ismos dirão que essa é uma manifestação subliminar do
machismo ancestral. Lembro
sempre a diferença que Natália Correia fazia: “Sou feminina, não feminista”. Eu
diria, sou homem, não sou feminista. Não preciso de ser feminista para defender
as mulheres. Indigno-me todos os dias contra a violência sobre as mulheres.
Comemoro todos os dias o Dia Internacional da Mulher.
António
Vilhena
Obrigada, caro António!
ResponderEliminarFossem mais assim na superfície da terra...
Todos os dias são próprios para comemorar os mais belos quadros da vida...
Bem- haja!
Ivone