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Todos
sabemos que alguns ingleses preferem ficar na ilha, orgulhosamente ilhéus com a
sua a Coroa a negociar chá e vinho dos outros. A Inglaterra não entrou com
entusiasmo na União Europeia, adotou a máxima: vamos para a União e quando
quisermos damos cabo deles. Os verdadeiros europeístas não estão em Inglaterra,
a prova disso é que nunca adotaram o Euro.
O
aumento de eurocéticos facilitou os discursos mais populistas com alguma
responsabilidade dos Trabalhistas durante a campanha do referendo. Aqueles que
defenderam o BREXIT saíram de cena e Theresa May cozinhou um acordo que os
deputados rejeitaram com uma diferença de 230 votos – uma derrota humilhante
para a senhora May. Apesar de ter resistido à moção de desconfiança, há imensas
incógnitas. O mais provável é que haja uma clarificação eleitoral: ouvir a voz
do povo.
Há
sinais de que um segundo referendo seria a solução. A construção de uma Europa
Política e Monetária será sempre mais forte com o Reino Unido. Os ingleses não
querem deixar a ilha nem os privilégios da União Europeia. É caso para dizer
que têm dois amores. Mas o melhor dos dois mundos é quase sempre
impossível de conciliar. Aos ingleses o que é da ilha, à Europa o que é dos
gregos e latinos.
António Vilhena
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