Foto: Estela Silva / Lusa |
A
última disputa entre Rui Rio e Montenegro serviu para algumas reflexões. Em
casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Mas em política o pão
tem outros sinónimos e faz alguns protagonistas sentirem-se reis do mundo, pelo
menos do mundo que julgam que representam.
Rui
Rio nunca foi um homem do aparelho, veio do norte e isso faz toda a diferença
para os que julgam que o Terreiro do Paço é, ainda, a Praça do Império. Já
aconteceu com muitos que foram das Beiras, de Trás-os-Montes ou do Alentejo. A capitalite, uma doença antiga, ainda não
erradicada, continua a fazer vítimas.
Mas
o pior nestas circunstâncias é a argumentação usada pró e contra. Do lado da
cidadania, escuto o argumentário de ambas as partes. As palavras são duras e procuram
um KO
fulminante para que o adversário vá ao tapete. Quem tem mais a perder tem
mais responsabilidade e cada palavra é ampliada na “máquina da verdade”. Em
política vale quase tudo, mas parece-me que usar o argumento de “maçon”, imaturo
e irresponsável para atacar Montenegro era desnecessário.
António
Vilhena
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